Uma das maiores objeções dos opositores à
reencarnação é o fato de não termos lembrança de coisa alguma.
Quando os antirreencarnacionistas se
deparam com as evidências inúmeras das vidas múltiplas, logo falam: “a
reencarnação é uma mentira inventada pelos Espíritas; pois, como Deus, que é
Soberanamente Justo e Bom, permitiria que um filho seu pagasse por um pecado do
qual ele não se lembra?”
A isso respondemos logicamente:
1º. Não é necessário que lembremos de atos
cometidos em vidas pretéritas para que resgatemos nossos débitos com O Criador. Visto que acreditamos realmente na existência
de um Supremo Artífice do Universo, e que Ele vê todas as coisas, em todas as
épocas, obviamente as faltas feitas por nós foram vistas, e graças à Grandiosa
Justiça e Bondade Do Altíssimo, e como somos Espíritos Imortais, as falhas que
cometemos no passado, podem ser reparadas na vida atual.
2º. Nesses instantes, recordemos dos
dizeres de Jesus, no Monte das Oliveiras, no Inesquecível Sermão da Montanha,
quando o Amado Nazareno disse: “Em verdade te digo que de maneira nenhuma
sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.” (Mateus 5,26). Em uma única vida, não há tempo hábil para
que nós paguemos todos os nossos “pecados” até o último ceitil, ou seja, até os
mínimos detalhes, ou ainda, até as mínimas faltas. Para que esse pagamento se dê e a palavra
de Jesus seja cumprida, é preciso que vivamos várias existências.
3º. A reencarnação não tem o caráter
punitivo, mas sim educativo. Na primeira obra da Doutrina Espírita13, que Deus objetiva
a encarnação dos Espíritos para que esses cheguem à perfeição14.
4º. O fato de não nos lembrarmos de
acontecimentos vividos em existências passadas, se deve à Inefável Misericórdia
Divina; afinal de contas, seria imensamente constrangedor para nós, que
recordássemos de nossos erros pretéritos, assim como também seria desagradável
rememorarmos as falhas daqueles que conosco convivem.