Introdução


Temos visto de várias pessoas que possuem uma crença diversa da de nós Espíritas, uma postura religiosa diferente em relação à reencarnação. Uma das principais teses que defendem é que não há a referida palavra nas Escrituras. No entanto, percebemos que lhes faltam a coerência e a prudência. Atuam movidos pelo fanatismo religioso, que os impede de ver algo que vá de encontro com aquilo que cultuam. Realmente, na Bíblia não há esse vocábulo, e nem poderia haver. Isso porque, a palavra “reencarnação” só foi criada em 1857, por Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec - 1804-1869), quando surgiu o Espiritismo, mais exatamente, na publicação de “O Livro dos Espíritos”, e, só então, foi usada pela primeira vez. Contudo, é fato que se pode encontrar a pluralidade das existências nas Escrituras. Não o verbo “reencarnar” ou qualquer derivado, mas sim, o conceito das vidas múltiplas na cultura judaico cristã, que era chamada de ressurreição. Portanto, já que Jesus era Judeu, e foi considerado “O Sábio dos Sábios”, certamente ensinou a existência das vidas sucessivas, porque esta é verdadeira, e Ele só falava a verdade. Entendemos aqueles que fazem de tudo para retirar essa ideia do Evangelho, pois se a admitirem, estarão negando a religião que abraçam; e, ingenuamente, acham que a palingenesia não existirá se a supracitada não estiver na Bíblia. Enganam-se redondamente, pois, sabemos que a mesma é uma lei natural e, como tal, não tem esse caráter religioso; o Espiritismo somente a explicou melhor, não a inventou, essa sempre aconteceu, graças à Inesgotável Misericórdia do Altíssimo. É incontestável, clara e logicamente, que mesmo não estando na Bíblia a palavra “reencarnação”, seu conceito pode ser visto no Evangelho. Assim, embora muitos recusem que a pluralidade das existências se encontre nas Escrituras, é inadmissível negarmos que a Bondade Divina, a qual é infinita, possa ser representada de uma melhor forma do que pela realidade da reencarnação e pela grandiosa oportunidade que ela nos proporciona de regeneração. Caso contrário, essa ocasião favorável para nós nos redimirmos dos nossos erros nos seria negada pelo Supremo Arquiteto do Universo que, sem dúvida alguma, é soberanamente Justo e Bom, e, como tal, não deixaria de perdoar seus filhos, quantas vezes fossem necessárias, em quantas vidas forem preciso; pois, em apenas uma única existência, devido os nossos inúmeros erros ou várias faltas durante essa nossa jornada aqui no planeta Terra, isso não seria possível. Esse ensinamento foi transmitido pelo Excelso Mestre, quando, dialogando com seu apóstolo Pedro, disse:

"Então Pedro, aproximando-se Dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete" (Mateus 18,21-22).

Ou seja, indefinidamente.


Obs.: Navegando por esse blog, você verá que realmente a reencarnação está no Evangelho e consequentemente na Bíblia.


"NASCER, CRESCER, MORRER, RENASCER AINDA E PROGREDIR SEMPRE, TAL É A LEI."
Allan Kardec


 Santa Rita do Sapucaí, 13 de dezembro de 2013.

 
Hugo Alvarenga Novaes